terça-feira, 24 de novembro de 2009

Skinhead

Skinhead é o nome de uma subcultura caracterizada pelo corte de cabelo muito curto ou raspado (há algumas exceções), um estilo particular de se vestir (que costuma incluir botas e/ou suspensórios), o culto à virilidade, ao futebol e ao hábito de beber cerveja. A cultura skinhead é também ligada à música, especialmente ska, skinhead reggae e streetpunk/oi!, mas também punk rock e hardcore. Suas origens remetem ao Reino Unido na década de 1960, onde são proximamente ligados com os rude boys e os mods da Inglaterra.""

Histórico
Derivada da cultura mod, as primeiras manifestações desta cultura ocorreram por volta de
1967, alcançando o seu primeiro auge em 1969. Este período é chamado nostalgicamente pelos próprios skinheads como "espírito de 69" (ou "spirit of 69", termo cunhado na década de 1980 pela gangue Spy Kids). Eram majoritariamente formados por brancos e negros (estes últimos em sua maioria imigrantes jamaicanos) que frequentavam juntos clubes de soul e reggae, andavam em gangues e se vestiam de uma forma muito particular, em especial pelo corte de cabelo muito curto (daí o nome skinhead, que traduz-se grosseiramente como "cabeça pelada").
Os skinheads ganharam notoriedade nos jornais e na cultura popular da época por muitos deles promoverem confrontos nos estádios de futebol (o chamado
hooliganismo) e alguns deles participarem de agressões contra imigrantes paquistaneses e asiáticos. No entanto, muitas das gangues xenófobas anti-asiáticos detestavam os grupos neonazistas e repudiavam o racismo contra negros, como foi o caso da gangue da década de 1970, Tilbury Skins, fundadora da Liga Anti-Paquistaneses e no entanto um grupo anti-nazista. Numa entrevista do livro Skinhead Nation, Mick, membro de uma das gangues skinheads Trojan, diz:
"Não há como sermos nazistas. Meu pai enfrentou nazistas na guerra. Todos nossos pais ajudaram. APL (Anti-Paki League, ou, Liga Anti-Paquistaneses) é específica. Só porque eu odeio Paquistaneses, isso não me torna um nazista!".
No final da década de 1970 houve uma "segunda geração" skinhead, decorrente da agitação provocada pela
cultura punk e que acabou desencadeando um grande interesse por outros movimentos juvenis do passado, como os mods, teddy boys e skinheads. A geração anterior ("espírito de 69") tinha como uma de suas características a ligação com a música jamaicana, principalmente o reggae, o rocksteady e o ska.
Com o surgimento da "revolução musical" do
punk rock e sua ética de faça-você-mesmo, muitos skinheads se agregaram ao emergente streetpunk/oi!, que abrange tanto os aspectos musicais quanto culturais. Isso no entanto não significou o abandono do reggae e do ska. Nos anos 1980 muitos skinheads tornam-se grandes adeptos do ska chamado "Two Tone" ("dois tons", em referência às cores preta e branca — simbolizando a união de raças).
[
editar] Fragmentação
A partir da década de 1980, a constante pressão da mídia acerca da infiltração do preconceito racial dentro da cultura skinhead (infiltração promovida por uma política deliberada do partido de extrema-direita National Front), somada ao surgimento de um engajamento político dentro desta cultura (tanto à esquerda quanto à direita, além do anarquismo) resultou na fragmentação em vários submovimentos rivais. Desde então, constantemente estes grupos não reconhecem uns aos outros como verdadeiros representantes da cultura skinhead, e é comum que cheguem a se enfrentar fisicamente.
Entre os principais atritos estão as divergências explícitas como entre
esquerdistas e direitistas, racistas e não-racistas, politizados e apolíticos. Mas também há grande hostilidade entre um grupo de divergência sutil como os nazistas, conservadores xenófobos e defensores de uma supremacia racial branca, anti-semitas e neonazistas.
[
editar] Características
A cultura skinhead da década de 1960 era formada maioritariamente por jovens da
classe operária britânica. O vestuário skinhead, com botas e suspensórios, reflete em certa medida a indumentária operária da Inglaterra desta época.
Existem diversas particularidades culturais e ideológicas que definem diferentes tipos de skinheads. é impossível distinguir pela avaliação visual um skinhead de direita, trad ou RASH.
No aspecto geral:
Os tradicionais, ou trads, que estão mais intimamente ligado ao estilo de vestimenta do final da década de 1960, baseando-se nas roupas dos
rude boys ingleses. Este tipo de traje se caracteriza por camisa ou camiseta polo, calça jeans ou social, preferencialmente sapatos, em detrimento de botas, alem de jaquetas tipo harrington, por exemplo. O suspensório, preferencialmente fino, com menos de uma polegada, é uma marca clara, mas não é sempre utilizada em profusão. O cabelo invariavelmente é curto mas nem sempre é "máquina zero". Marcas são extremamente valorizadas, como Ben Sherman, Fred Perry e Doc Martens. Este visual é muito mais comum e menos caricato, o que o torna preferido para os que não querem chamar atenção, mas não descuidam da linguagem visual.
Os bootboys (mais tarde chamados de skinhead oi! ou simplesmente skinhead), são uma evolução do skinhead, com o aparecimento do punk, onde as calças se tornaram mais justas, preferencialmente jeans ou camufladas, as botas se tornam mais comuns, bem como o uso de jaquetas pesadas, como as flight jackets, agasalhos utilizados por militares. Camisetas polos ou T shirts são comuns. O uso de suspensório tambem é mais valorizado. No Brasil existe uma grande dificuldade de encontrar suspensórios finos, os mais comuns são os grossos, conhecidos como "alça de mochila", o que é um grande e valorizado diferencial entre os skinheads. A cabeça raspada com "máquina zero" é muito utilizada. Este pode ser considerado o esteriótipo do skinhead.
Os casuais que são uma continuação da evolução skinhead, ligada aos
hooligans ingleses. O estilo ganhou força nos tempos em que se foi proibida a entrada de pessoas com botas dentro dos estádios de futebol, o que obrigou os skins fanáticos pela bolinha, e também por brigas futebolísticas, a diversificar um pouco seu vestuário, trocando as botas pelo tênis. Com o passar dos tempos o visual dos casuais também evoluiu e ganhou características próprias, sendo utilizado como disfarce para brigas entre hooligans.
Outros grupos de curta existência como smoothies,
suedeheads, crombie boy e outros.
Nas divergências ideológicas (iniciadas na década de 1980):
Os chamados apolíticos, que se alienam deliberadamente das questões ideológicas da cultura skinhead, travando relações com qualquer dos grupos abaixo (no Brasil, esse tipo é comum em
Curitiba).
Os
white power (ou boneheads, como são chamados pejorativamente dentro da cultura skinhead), defensores da ideologia neo-nazista ou racialista. Teve origens na banda Skrewdriver, antes uma banda apolítica que acabou e voltou com letras de cunho racista e envolvida com o Rock Against Communism, e nas ações das organizações de extrema direita British National Front e British Movement (e tambem de suas associações dissidentes, ja que o national front, por exemplo, passou por diversas dissidências e reformas) que a partir de então aproveitaram da xenofobia (o chamado paki-bash, espancamento de paquistaneses e outros asiáticos) e nacionalismo despolitizado de alguns skinheads para organizar alguns indivíduos brancos num movimento branco-separatista.
Os
SHARPs, que fazem parte da Skinheads Against Racial Prejudice (skinheads contra o preconceito racial), organização formada na metade dos anos 80, por skinheads patriotas ou não que pregam a distância da cultura skinhead dos partidos e organizações políticas, sejam elas de direita ou de esquerda e pregam uma atitude positivamente anti-racista.
Os
RASHs, que fazem parte da Red and Anarchists Skinheads (skinheads vermelhos e anarquistas), organização formada a partir de uma divisão na cessão SHARP de um estado norte americano ocorrida no início dos anos 90, embora suas raízes estejam ligadas à bandas como The Redskins e o movimento Rock Against Racism, que promove ideologias esquerdistas a princípio como mais uma forma de combate aos white power e mais tarde também como forma de combater o caráter direitista da fase politizada da cultura skinhead em geral.
[
editar] Música
A subcultura skinhead era originalmente associada a gêneros de músicas como o
soul, ska, rocksteady e reggae.[1][2] A ligação entre skinheads e a música jamaicana levou-os a desenvolver o gênero skinhead reggae, utilizado por artistas como Desmond Dekker, Derrick Morgan, Laurel Aitken, Symarip e The Pioneers.[3]
No começo da década de 1970, alguns suedeheads também ouviam bandas britânicas de glam rock como Sweet, Slade e Mott the Hoople.[4][5]
O estilo de música mais popular entre os skinheads no final da década de 1970 era 2 Tone, que era uma fusão musical do ska, rocksteady, reggae, pop e punk rock.[6] O gênero 2 Tone, recebe esse nome como referência a uma gravadora em Coventry, Inglaterra que trabalhava com bandas como The Specials, Madness e The Selecter, pregando uma atitude anti racist, ja que os dois tons são o preto e o branco.[7][8][9]
Durante este mesmo tempo, porém, a música reggae começou expressar pensamentos de libertação e de sensibilização negra, algo que os skinheads brancos não estariam relacionados (Brown, 2004). Estas mudanças na música era a ameaça de excluir jovens brancos que criou tensões entre a preto e branco que de outra skinheads começou bastante bem ao longo (Hebdige, 1979, pg 58). Isto significa também que a própria música começou a tender para formas com cada vez menos componentes de reggae.
[
editar] Carecas
No Brasil existem os Carecas, estilo politizado de carácter
patriota, ultra-nacionalista, conservador, fascista e/ou integralista que promove ações violentas contra homossexuais, esquerdistas, diferentes tribos urbanas (em especial àquelas ligadas ao pensamento de esquerda), drogados. Facções ligadas a neonazistas também agridem, em alguns casos, judeus, prostitutas, e outras minorias.
As principais gangues e a maioria dos indivíduos são anti-racistas uma vez que defendem a tese de que a identidade e raça original da população brasileira é a miscigenação de todas as raças, mas existem carecas indiferentes ou simpatizantes de ideais nazi-fascistas e racistas, em especial na região Sul e Sudeste do país, onde há um movimento de independência de caráter muitas vezes branco-separatista.
As gangues
paulistas Carecas do Subúrbio e sua dissidência, Carecas do ABC, se tornaram famosas na cultura popular devido a episódios de violência amplamente divulgados pela mídia.
Alguns integrantes dos Carecas do Subúrbio nas comemorações de
1 de maio de 1988, unidos a membros da extinta Ação Integralista Brasileira e do Movimento Participativo Nacionalista Social, além de mais três entidades políticas de extrema-direita, entraram em confronto com manifestantes da organização sindicalista de esquerda CUT.
Em
6 de Fevereiro de 2000, o adestrador de cães e homossexual Edson Néris da Silva foi espancado até a morte por membros da gangue Carecas do ABC, a policia apurou o envolvimento de 18 indivíduos, por estar andando de mãos dadas com seu companheiro, Dário Pereira Netto, que conseguiu fugir.
Em
7 de Dezembro de 2003 os Carecas do ABC se tornam novamente notícia quando três de seus membros, no caminho de volta de uma reunião da gangue, ameaçaram com armas brancas dois adolescentes (Cleiton da Silva Leite, 20 anos, e Flávio Augusto Nascimento Cordeiro, 16 anos, motivados pelas camisetas com estampa de bandas de punk rock), e os forçaram a pularem pela janela do trem em movimento em que estavam, resultando na morte de Cleiton e no amputamento do braço direito de Flávio.
Em
Portugal o termo também é empregado por skinheads patriotas, nacionalistas e conservadores de extrema direita, no entanto o nacionalismo defendido pelos carecas portugueses está profundamente ligado à ideologia da supremacia branca e ao neonazismo, uma vez que estes indivíduos afirmam ser a raça branca a origem e verdadeira identidade portuguesa.
O assassinato de Alcíndo Monteiro, em Agosto de
1995, no Bairro Alto, em Lisboa, apenas por ser da etnia negra.
Surgiram no inicio dos anos 80 em São Paulo após o
Punk, São até hoje os primeiros Skinheads do Brasil. (Careca não Passa Apenas de Uma Tradução da Palavra Skinhead )
Como nos anos 80 não havia muitos meios de informações não havia ideologia a certa, Os Carecas eram jovens de maioria suburbanos e de Classe Baixa, Como a Idéia de Skinhead era muito nova não havia muito conhecimento, existia envolvimento de Punks, assim um evento muito conhecido da época onde freqüentavam Carecas e Punks O ‘’
Dezembro Negro ’’ após desavenças de Carecas com Punks pelo fato de Punks se envolverem com Drogas e Roubos Esse evento se acabou, pois os Carecas se preocupam com o bem estar da Saúde e do corpo, por isso dos corpos avantajados, E assim até hoje não há envolvimentos de Carecas e Punk,
Após Muitos acontecimentos baseados nessas brigas entre os Punks e Skinheads foi determinada uma Ideologia de
Patriotismo, Nacionalismo. No Inicio dos anos 90 muitos por serem politizados Nacionalistas se mostra de uma política de direita onde no grupo não são aceitáveis Taís como: Usuários de Drogas, Anarquistas, Racistas, Comunistas e Outras ideologias e crenças que vão contra, em sua opinião, o Nacionalismo e valorização do Brasil
‘’
Dezembro Oi!’’ Uns dos Eventos mais conhecidos no Mundo, Trazendo pessoas de Vários paises para ver o Evento onde só são freqüentados por Carecas/Skinheads e Convidados
O Movimento Carecas/Skinheads cresceu e há no Brasil todo, Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul Todos com a mesma ideologia de Patriotismo.
Ao Contrário dos
White Power , Os Carecas Lutam contra o Racismo , Onde também muitos Skinheads/Carecas são Nordestinos e Negros também .

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